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Cláudio Silva Educação |
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Ex-secretário de Educação em Apucarana e ex-presidente da UNDIME-PR. É proprietário da Escola Nossa Senhora da Alegria e Colunista do AN Notícias e Jornal Apucarana Notícias.
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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, pois o Site e Jornal Apucarana Notícias pode não comungar com as mesmas ideias.
22/01/2011 13h03
OS CUIDADOS NA EDUCAÇÃO DOS PEQUENOS Se você tem filhos pequenos, preste atenção às recomendações importantes para que seu desenvolvimento se dê em harmonia
* Por Cláudio Silva
Nosso assunto de hoje está voltado aos primeiros anos de vida da criança. Uma fase fundamental do seu desenvolvimento , mas acometida por muitos equívocos, principalmente por desinformação. Inicialmente é importante entender como funciona o cérebro de uma criança. Comparativamente, funciona como um gravador de alta fidelidade. As sensações, associadas com a experiência , são registradas. A criança grava uma imensa coleção de registros feitos no cérebro. São fatos externos não questionados, impostos ou percebidos por uma pessoa em seus primeiros anos de vida. É o período anterior ao que se denomina de nascimento social do indivíduo - quando ele sai de casa, em resposta às exigências da sociedade, e entra na escola.
As lembranças mais significativas são aquelas relacionadas a exemplos e pronunciamentos dos pais. A situação da criança , sua dependência e capacidade para construir significados, tornam impossível modificar, corrigir ou explicar qualquer fato registrado. Assim, se os pais são hostis e estão sempre brigando, por exemplo, a criança acaba gravando o terror produzido ao seu redor.
Não há modo de incluir nesta gravação a briga. Neste conjunto de lembranças também estão os vários “nãos” dirigidos à criança, assim como as expressões de angústia e horror provocados no rosto da mãe. Do mesmo modo são registrados os arrulhos de prazer de uma mãe feliz e a satisfação de um pai orgulhoso.
Mais tarde, vêm os pronunciamentos mais complicados feitos pelos pais, como “você será julgado pela companhia com quem andar” ou "faça aos outros aquilo que deseja a si mesmo” . O ponto importante é que essas regras , boas ou não, são guardadas como “verdade” porque vêm de “gente grande”. As normas são rigidamente interiorizadas como um conjunto de dados essenciais à sobrevivência do indivíduo em grupos. O registro é permanente e reproduzido durante toda a vida.
Outra característica da psicologia infantil é a fidelidade dos “ registros de incoerência” . Os pais dizem uma coisa e fazem outra. Eles dizem “não minta”, mas contam mentiras. Dizem às crianças que fumar faz mal à saúde, entretanto, fumam. Não é seguro para a criança questionar essa inconsistência e, por isso, ela se sente confusa. Como estes dados lhe causam confusão e medo, ela se defende desligando a gravação. Ou seja, quando o exemplo é discordante ele é reprimido ou, em casos extremos , totalmente bloqueado.
Uma pessoa cujas primeiras instruções foram dadas com severa intensidade pode achar mais difícil encaminhar os métodos antigos e se fixar neles, tendo desenvolvido um compulsão de “fazer isto assim e não de outro modo”. Essas regras são a origem das compulsões, singularidades e excentricidades que aparecem num comportamento posterior.
Há outras fontes de dados além dos pais físicos. Uma criança de três anos de idade que se senta diante de um aparelho de televisão, durante muitas horas por dia, está gravando tudo o que vê. O programa que ela assiste é um conceito “ensinado” de vida. Se assiste programas de violência, a criança conclui que terá permissão para ser violenta. Portanto, pais, muita atenção nesta fase tão importante do desenvolvimento da sua criança.
Um grande abraço e uma boa semana!
Se achou esta crônica interessante, poste o seu comentário abaixo. A sua referência é importante para nós - Os editores.
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*Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário de Desenvolvimento Humano de Apucarana-PR e presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR.