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13/03/2019 01h35

Deputado de Apucarana aponta plágio em trechos de estudo usado pelo governo do ParanáDeputado estadual Arilson Chiorato, do PT, durante sessão plenária aponta plágio no Governo Ratinho

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Uma acusação de plágio marca o mais novo capítulo na ainda curta história do projeto de lei da reforma administrativa do governo do Paraná. Depois de receber críticas de deputados que levaram o Executivo a reconhecer que precisava mexer em alguns pontos, agora o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) apontou que houve cópia de pedaços de outros documentos no estudo que embasa o texto.

Chiorato tratou do assunto na tribuna do plenário da Assembleia Legislativa, na sessão desta terça-feira (12). Ele disse que, no texto de quase 300 páginas da Fundação Dom Cabral, há trechos aparentemente copiados de outros estudos semelhantes. “Não quero ser acusatório. É em tom de alerta. Eu quero contribuir”, disse. “Não quero usar o termo plágio porque acho que pode ter sido esquecimento. Mas eu quero pedir explicações sobre esses apontamentos”, continuou, criticando ainda a falta de referências bibliográficas e dizendo que espera que o problema tenha se dado em face de “erro de técnica”.

O deputado fez questão de lembrar que o estudo da Fundação Dom Cabral, base do projeto de lei que prevê mudanças na estrutura administrativa do governo do Paraná, foi feito em cerca de 60 dias. “Não acredito que um trabalho de redesenho do estado possa ser feito só neste tempo. A intenção é boa em fazer uma reformulação administrativa, mas precisamos de mais tempo para analisar [o projeto de lei]”, argumentou.

A assessoria do político informou os trechos que considerou copiados ou “sem citação bibliográfica adequada”. O item 4.2 do estudo, por exemplo, tem dois parágrafos idênticos a um trecho da página 33 do estudo “Gestão para resultados na administração pública”, do Publix Instituto.

O deputado também acusou problemas no item 4.2.1. No primeiro parágrafo há uma frase idêntica a um trecho do estudo intitulado “Uma metodologia de modelagem da estrutura organizacional“, do professor da Universidade de Brasília Humberto Martins. A passagem indicada já é na verdade uma citação de outra publicação, cuja procedência é indicada pelo autor. Logo em seguida, o documento usado pelo governo usa uma imagem “bastante similar” à que está presente no estudo de Martins – e que também foi adaptada de outro documento apontado pelo professor.

A Gazeta do Povo encontrou os documentos na internet e confirmou a similaridade dos três pontos citados por Chiorato.

A Fundação Dom Cabral foi procurada, porém não apresentou resposta até o momento desta publicação.

Nota do governo

Após as cobranças feitas em plenário pelo deputado Arilson Chiorato, o governo do Paraná emitiu uma nota sobre o assunto. Confira na íntegra:

O Governo do Paraná esclarece que não contratou consultoria da Fundação Dom Cabral e que alguns conceitos do trabalho da instituição ajudaram a orientar a formatação do projeto de reforma administrativa do Estado, com corte do número de secretárias e de cargos em comissão.

Nos primeiros dias da atual administração foi publicado decreto criando uma comissão, integrada por equipes do governo, para a construção da proposta que seria encaminhada a Assembleia Legislativa. O texto do projeto de lei, portanto, não foi elaborado pela Fundação Dom Cabral.

A proposta de redução da máquina pública é uma decisão consolidada, que vem sendo elaborada por técnicos do Estado, e que já apresenta resultados consistentes em diversas áreas.

A primeira etapa da reforma administrativa deve render uma economia de R$ 10,3 milhões ao Estado. A estimativa é reduzir os gastos públicos em cerca de R$ 30 milhões com a conclusão das três etapas previstas.

Em relação ao trabalho de consultoria da Fundação Dom Cabral, cabe esclarecer que foi contratado por entidades privadas do Paraná, e oferecida sem custos para a equipe de transição da atual administração estadual, ainda em 2018.

Fonte: AN Notícias com Gazeta do Povo