Donos de vans e micro-ônibus fazem protesto contra resolução da ANTT em Apucarana - Notícias - AN Notícias

Donos de vans da região norte do Paraná fizeram um protesto, na manhã deste sábado (29), contra uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que restringe viagens desses veículos para fora do estado.

A ANTT prioriza veículos maiores, como ônibus com mais de 40 lugares, para viagens mais longas. A alegação é que os veículos maiores são mais seguros e confortáveis para os passageiros. Vans e micro-ônibus só podem sair, no máximo, 540 quilômetros de distância do local de partida.

Os donos de vans e micro-ônibus dizem que estão perdendo clientes e que o conforto não tem ralação com o veículo ser maior ou menor. Por isso, grupos protestaram em Londrina, Apucarana e Arapongas.

A categoria se reuniu perto da praça de pedágio de Arapongas. "Nós queremos que liberem a quilometragem ou aumente essa quilometragem para chegar até uma praia, até Brasília, ou alguma coisa parecida. Para ir para a praia você tem que ir de avião ou escolher uma empresa de ônibus para cinco, 10 ou 15 pessoas. Não existe isso, nós estamos com as mãos amarradas", diz o dono de van José Maria Silvestre.
 

Na região de Londrina são mais de 1,2 mil vans, que durante a semana transportam, principlamente, estudantes e trabalhadores entre cidades vizinhas, mas aos sábados e domingos fazem viagens mais longas para complementar a renda.

Depois de pecorrer a BR-369, as vans e micro-ônibus passaram por ruas e avenidas de Londrina com destino a rodoviária da cidade, onde fica o escritório da ANTT. O protesto foi encerrado no fim da manhã deste sábado.

A categoria afirma que se as regras não forem revistas, o setor pode ter prejuízos. "Inviabilizou a categoria porque você paga R$ 130 mil em um carro para deixar na garagem. Não tem condições", ressalta Silvestre.

A ANTT não se manifestou sobre as reivindicações dos donos de vans e micro-ônibus. Deputados federais estão discutindo um projeto que liberaria os veículos para viagens de educação, turismo e de trabalho para distâncias mais longas que as previstas pela resolução da ANTT. No entanto, esse projeto ainda está em discussão em Brasília e não há prazo para ser colocado em discussão.