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Apucarana, 26 de Abril de 2024

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20/06/2016 06h58

Odontologia Municipal promove reabilitação protéticaDentista alerta que nicotina acumulada compromete estrutura bucal do paciente

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Um trabalho desenvolvido pela dentista Cinara Lemos Freire Vendrametto, da UBS Leopoldo Hartwig Júnior, da Vila Nova, tem contribuído para melhorar a qualidade de vida de pessoas que deixaram o vício do tabagismo.
 
A atuação da profissional de odontologia objetiva a reabilitação oral, notadamente quanto à estrutura dentária, comprometida pelos efeitos nocivos da nicotina.
 
O atendimento inicial está concentrado nos abrigados da Casa de Misericórdia, complementando as ações do médico Osvaldo Zardo, da UBS Pedro Barreto, do Distrito da Vila Reis, que atua no combate ao tabagismo, com o apoio da agente comunitária de saúde Luciano Leite dos Reis e supervisão do Departamento de Odontologia da Autarquia Municipal de Saúde.

A preocupação da dentista está relacionada a saúde bucal do paciente que deixou de fumar e dos que estão em tratamento com objetivo de deixar o vício.
De acordo com Cinara Vendrametto, “a saúde bucal dos fumantes é muito mais frágil do que a dos não-fumantes, uma vez que a região fica mais suscetível a agressões e qualquer outro tipo de doença”. Segundo a dentista, “a nicotina impregna na estrutura bucal e somente uma higienização correta reduz os efeitos, aliado a outros métodos de tratamento para remoção da placa bacteriana formada ao longo do tempo”.
No atendimento aos abrigados da Casa de Misericórdia, a dentista tem realizado palestras e entregando escovas, creme dental e fio dental, informando aos pacientes como realizar a higienização bucal de forma correta.
 
Ela acrescenta ter verificado algumas situações onde apenas a higienização não traz resultado positivo. “Há casos onde é necessária a extração dos dentes e a substituição por uma prótese dentária, serviço oferecido pelo Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), da Autarquia Municipal de Saúde”, diz a dentista. Cinara Vendrametto relata que um paciente da Casa Misericórdia, após o tratamento realizado, chegou a ela e afirmou “viu, doutora, já posso sorrir”.

A dentista alerta que somente o trabalho profissional não é suficiente para a melhoria da qualidade de vida do paciente. “É fundamental que ele tenha consciência da importância de deixar de fumar para a própria saúde. A recaída compromete o tratamento e as conseqüências serão graves”, assegura ela.

A dentista salienta que de acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o consumo de tabaco causa aproximadamente 50 doenças diferentes e um fumante adoece em média duas a três vezes mais que um não-fumante.
 
 “Na boca, o cigarro agride as células da mucosa e ainda diminui sua capacidade de cicatrização e de defesa, deixando-a mais sujeita à ação de agentes agressores como bactérias, vírus e fungos, além de conter substâncias carcinogênicas que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer bucal”, complementa Cinara Lemos Freire Vendrametto.

Benefícios

Parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, tais como câncer, enfisema ou derrame. A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar.

Veja o que acontece se você parar de fumar agora:
- Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
- Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.
- Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
- Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.
- Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
- Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
- Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.
- Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.
Cinco UBS atuam no combate ao tabagismo
Médicos que atuam nas unidades de saúde da Vila Apucaraninha, Vila Reis, Jardim das Flores, Jaboti e Vila Nova têm realizado um intenso trabalho de combate ao tabagismo em Apucarana.
 
As estratégias utilizadas pelos profissionais para combater o consumo de cigarros passam pela intervenção psicossocial e tratamento medicamentoso. Alguns dos medicamentos prescritos pelos médicos são fornecidos pelo Ministério da Saúde, sem qualquer custo ao paciente.

Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional do Câncer (Inca), os médicos e outros profissionais de odontologia lotados na Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana ministram palestras informando sobre as conseqüências do consumo excessivo de cigarro.
 
Nas denominadas intervenções psicossociais, são distribuídos pequenos manuais informativos – Deixando de Fumar Sem Mistérios – com os passos para deixar de fumar. Aos que aderirem à proposta, há, ainda, o tratamento medicamentoso, que visa o controle dos sintomas de abstinência provocados pela suspensão do uso da nicotina.

Mortes pelo consumo de cigarro podem ser evitadas
Os números impressionam: conforme dados do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, estima-se que, a cada ano, 200 mil brasileiros morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo e de cada 100 pacientes que desenvolvem o câncer, 30 são fumantes.
 
Mas, na visão de especialistas, muitas das mortes poderiam ser evitadas se tomados cuidados aos primeiros sintomas – tosse tabágica, falta de ar, dores nas pernas, entre outros. E o remédio recomendado é deixar de fumar, realizando o acompanhamento médico para a completa recuperação.

O médico Luiz Antônio Vilela, da UBS Valdecir de Paula, do Jardim das Flores, um dos integrantes do grupo de profissionais que atua no combate ao tabagismo em Apucarana, afirma que “o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo e em média o cigarro tira 10 anos de vida do usuário”. Ele lembra que o tabagismo é fator de risco para a maioria dos cânceres, desde a boca até os sistemas respiratórios, urinários e digestivos, alcançando o coração, com risco de enfarto, bem como dificuldade de caminhar.

No caso específico do câncer originado no tabagismo, o melhor tratamento é deixar de fumar e progressivamente sentindo os resultados, começando pelo olfato e paladar. “É uma melhora a curto, médio e longo prazo, quando o paciente vai sentindo uma melhora na capacidade aeróbica, pois respira melhor, aumentando, inclusive, o rendimento para quem é praticante de esporte”, complementa o médico.

No Brasil, cigarro mata 200 mil pessoas por ano
As doenças crônicas não transmissíveis representam hoje a maior carga de mortalidade no mundo, correspondendo a 63% de todas as causas de morte no mundo. O tabagismo sobressai-se, trazendo consigo as doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas.

De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer do Inca, com dados de 2013, observa-se que a taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre homens era de 12,96 mortes/100 mil em 1979 alcançando em 2013 a taxa de 16.12 mortes/100 mil. Em 2004 observa-se um pico de 17.47 mortes/100 mil.

Entre mulheres a taxa de mortalidade por câncer de pulmão apresenta uma grande elevação com a taxa de 3.61 mortes/100 mil em 1979 e de 8,60 mortes/100 mil em 2013.  Entre 1995 e 2013 o câncer de pulmão mantém-se como o segundo tipo de câncer que mais matou as mulheres, depois do câncer de mama.

Consumidores de cigarros têm menor tempo de vida
Artigo publicado no Caderno de Saúde Pública do Instituto Nacional do Câncer em junho de 2015, traz informações importantes sobre a expectativa de vida de fumantes e não fumantes. O documento, elaborado por Márcia Teixeira Pinto, Andres Pichon-Riviere e Ariel Bardach, mostra que a redução da expectativa de vida é mais significativa quando avaliada nos termos de anos de vida ajustados pela qualidade. Nos homens, esta diferença é de 6,25 anos entre fumantes e não fumantes e nas mulheres de 5,72 anos.

O estudo destaca que as mulheres fumantes têm uma expectativa de vida de 4,47 anos menor que as mulheres não-fumantes, enquanto que na comparação com ex-fumantes a diferença é de 1,32 ano. Os homens fumantes possuem uma expectativa de vida 5,03 anos menor que aqueles que não fumam. Na comparação com os ex-fumantes, os fumantes vivem 2,05 anos a menos. Além do impacto na expectativa de vida, as doenças relacionadas ao tabaco também interferem na qualidade de vida dos indivíduos.

Em termos econômicos, o custo total para o sistema de saúde foi de R$ 23,37 bilhões. O tabagismo passivo e as causas perinatais geraram custos de R$ 2.689.099.127, representando 11,5% dos custos totais. No Brasil o impacto econômico desses custos totais para o sistema de saúde correspondeu a 0,5% do PIB do país em 2011.
Fonte: AN Notícias com Prefeitura Municipal de Apucarana