Carregando...

Alerta!

logo Alunos da Unopar criam bebedouro para deficientes visuais - Notícias - AN Notícias Alunos da Unopar criam bebedouro para deficientes visuais - Notícias - AN Notícias

Apucarana, 20 de Abril de 2024

SAIBA MAIS

Dia do Diplomata - Dia do Disco -
15/11/2013 11h49

Alunos da Unopar criam bebedouro para deficientes visuaisAlunos inventaram um bebedouro adaptado para cegos

Diminuir texto Diminuir texto Diminuir texto
Três alunos do curso de Engenharia Elétrica da Unopar aceitaram um desafio feito por um professor e acabaram inventando um bebedouro adaptado para cegos. Josiel Machado Bomfim, Paulo Henrique Ranutti, André Sergio da Silva e Éder Goularte Ferreira tinham uma proposta de trabalho para calcular o volume de algum objeto ou o centro de gravidade de alguma peça através de integrais, uma disciplina do segundo semestre do curso.

Josiel conta que foi dormir uma noite pensando nisso e acordou com sede. Sozinho na cozinha, no escuro, em vez de acender a luz, ele começou a pensar como uma pessoa cega faria para beber água. Mesmo que ela achasse o bebedouro pelo tato, como saberia quando o copo estivesse cheio? A curiosidade foi o início de uma pesquisa que durou dois meses.

“Nosso maior desafio foi encontrar um sensor capaz de identificar o copo e também transcrever o programa para a baixa linguagem usada no computador”, conta Josiel. Além de um bebedouro perfeitamente adaptado, que emite um sinal sonoro assim que o copo fica cheio, os alunos também criaram e desenvolveram um símbolo específico para ‘bebedouro’ em piso tátil, que pode ser facilmente percebido por um deficiente visual.

Na prática, eles tiveram a ajuda de Luiz Carlos de Oliveira, tio de um dos alunos. “Ele não enxerga e nos ajudou fazendo testes para garantir a eficiência do bebedouro e também do piso tátil”, explica Josiel. Finalmente, os resultados foram aprovados.

“Todos os nossos professores foram muito positivos, especialmente a professora Jenai Cazzeta, que além de nos incentivar, doou uma calculadora HP 50G para que fizéssemos uma rifa a fim de conseguir dinheiro para patentear o nosso trabalho”, agradece Josiel.

Funciona assim: seguindo o piso tátil, o deficiente visual chega ao bebedouro. Pelo tato ele localiza o copo, coloca embaixo da torneira e aperta o botão para encher.

Depois é só aguardar um sinal sonoro que indica que o copo está cheio. “Caso a pessoa se distraia e esqueça o copo ali, o bebedouro emite uma série de apitos para lembrar que o copo já está cheio”, acrescentam. O que eles querem agora é divulgar a ideia e ver o bebedouro instalado em locais públicos: bancos, rodoviárias, teatros, estabelecimentos de ensino. De acordo com os alunos, o custo de cada bebedouro adaptado é de R$ 600 reais, incluindo o preço de um purificador novo de água. Eles também acreditam que o símbolo criado por eles para o piso tátil será incorporado às calçadas: “Sem essa sinalização é pouco provável que o deficiente encontre o bebedouro”, indicam.

Mais do que vencer o desafio dado pelo professor, os alunos ficaram empolgados com a percepção de criar uma coisa que pode tornar mais fácil a vida de outras pessoas: Foi extremamente gratificante e empolgante perceber que podemos fazer grande diferença na vida de gente como o senhor Luiz Carlos, que ficou feliz de participar do projeto conosco”, concluem.
Fonte: AN Notícias com Unopar