Carregando...

Alerta!

logo Empresário de Arapongas diz que propinas eram cobradas desde 1995 - Notícias - AN Notícias Empresário de Arapongas diz que propinas eram cobradas desde 1995 - Notícias - AN Notícias

Apucarana, 23 de Abril de 2024

SAIBA MAIS

Dia de São Jorge - Dia do Choro (estilo musical) -
24/04/2015 01h12

Empresário de Arapongas diz que propinas eram cobradas desde 1995Empresário relatou ao MP-PR que deu dinheiro para auditores até 1997

Diminuir texto Diminuir texto Diminuir texto
Cansado das sucessivas cobranças de propinas por auditores fiscais da Receita Estadual, um empresário de Arapongas, na Região Metropolitana de Londrina, fechou as portas da empresa a qual era dono. O caso foi revelado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) que investiga na cidade uma extensão do mesmo esquema de corrupção realizado em Londrina.

De acordo com o MP-PR, alguns fiscais da agência da Receita Estadual em Arapongas, subordinada à delegacia em Londrina, agiam sob o comando da quadrilha composta por auditores fiscais, empresários e “laranjas”, pessoas que foram utilizadas para a abertura de empresas.

Segundo a promotoria, os auditores abordavam os donos de empresas que deviam impostos ao Paraná e exigiam dinheiro para não aplicar multas milionárias. Ao investigar o caso em Arapongas, os promotores descobriram que a ação ocorre há pelo menos 20 anos.

Em depoimento ao MP-PR, um empresário contou que entre 1995 e 1996 pagou R$ 5 mil de propina para auditores da quadrilha suspeita de organizar o esquema. Em 1997, esse mesmo comerciante disse que novamente foi abordado, desta vez, pelo auditor Orlando Aranda - preso na Operação Publicano. Conforme o empresário, Aranda exigiu 35 mil dólares de propina.

Ao MP-PR, o empresário disse que fechou a empresa porque não suportou o assédio dos fiscais da Receita.

Conforme as investigações, outros empresários de Arapongas, todos do ramo moveleiro, também foram abordados e ameaçados por fiscais corruptos.

Para a promotoria, Orlando Aranda faz parte da quadrilha chefiada por Márcio de Albuquerque Lima, ex-inspetor da Receita Estadual do Paraná. O esquema em Arapongas foi descoberto por meio de acordos de delação premiada de empresários que pagaram propina.

“Eram cobrados valores enormes. Quantias de R$ 100 mil, R$ 200 mil, e até R$ 600 mil que foram pagas por empresários de Arapongas”, diz o promotor Renato de Lima Castro.

Fonte: G1