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23/04/2015 12h31

Gaeco faz operação na cidade de Arapongas contra corrupção na Receita EstadualFuncionários do órgão da cidade vizinha teriam usado o mesmo modus operandi dos auditores da Receita Estadual de Londrina

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Funcionários do órgão da cidade vizinha teriam usado o mesmo modus operandi dos auditores da Receita Estadual de Londrina.

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prepara uma nova operação contra o esquema de cobrança de propina e sonegação de impostos descoberto na Receita Estadual. O promotor de Defesa do Patrimônio Público de Londrina, Renato de Lima Castro, revelou, em entrevista nesta quarta-feira (22), que o Ministério Público (MP) pretende mudar o foco das investigações para o município de Arapongas. “Foram descobertos vários indícios envolvendo servidores (da Receita Estadual) de Arapongas”, destacou.

De acordo com ele, os funcionários do órgão da cidade vizinha teriam usado o mesmo modus operandi dos auditores da Receita Estadual de Londrina. “O esquema criminoso é o mesmo”, confirmou o promotor.

As investigações envolvendo a Receita Estadual vieram à tona no dia 5 de março deste ano, quando o Gaeco deflagrou a Operação Publicano para cumprir diversos mandados de prisão e de busca e apreensão em Londrina e cidades da região, entre elas Arapongas. Os mandados foram cumpridos em empresas, residências, escritórios e também na sede da Receita em Londrina. A apuração ganhou corpo no mês passado, mas está sendo realizada pelo MP há mais de dez meses.

A primeira fase das investigações foi concluída na semana passada, quando o MP denunciou 62 pessoas por participação no esquema criminoso. Quinze do total de denunciados são auditores fiscais: dez deles estão presos, dois são considerados foragidos e outros três seguem em liberdade. Os demais denunciados são empresários, contadores e “laranjas”. O grupo vai responder por corrupção (ativa e passiva), formação de organização criminosa, falso testemunho, falsidade ideológica, entre outros crimes.

De acordo com as investigações, os auditores acusados criaram o esquema criminoso com o objetivo de cobrar propina de empresários que deviam impostos ao Estado. Conforme o MP, os fiscais protegiam a sonegação tributária dos empresários em troca da vantagem indevida.

Os valores da propina, ainda de acordo com as investigações, variavam entre R$ 200 mil e R$ 500 mil. Alguns dos pagamentos teriam acontecido dentro da própria Receita Estadual.

O MP também investiga o suposto esquema de lavagem de dinheiro feito pelos auditores para justificar os valores recebidos por meio das vantagens indevidas – eles teriam criado empresas de fachada para ‘lavar’ os recebimentos – e o prejuízo causado pelos esquemas aos cofres públicos.

Fonte: AN Notícias com Agências