Perícia aponta que carro que atropelou e matou mulher em Arapongas estava acima da velocidadeSegundo laudo, veículo estava a 47 km/h, acima do limite permitido, que é de 30
A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística sobre o atropelamento que terminou com morte de uma mulher em Arapongas, no norte do Paraná, apontou que o motorista estava acima da velocidade permitida antes de bater na vítima.
Vanessa do Prado, de 33 anos, foi atropelada na madrugada do dia 3 de março por um carro que estava na contramão. Ela, o namorado e um amigo saiam da igreja ela foi atingida pelo veículo. Vanessa foi socorrida, mas morreu três dias depois no hospital.
Fotos e cálculos fazem parte do laudo que se baseou, principalmente, na gravação de uma câmera de segurança.
Segundo a perícia, o carro estava a pelo menos 47 km/h, acima dos 30 km/h permitidos para a rua do acidente. O laudo apontou ainda que o acidente ocorreu em um ponto reservado ao estacionamento de veículos, fora da pista principal.
"O Instituto de Criminalística calcula a velocidade mínima, ou seja, é impossível, tecnicamente, que estivesse abaixo disso. Em função disso, chegamos a 47 km/h", explicou o chefe do Instituto de Criminalística, Luciano Bucharles.
Peritos também investigaram se, em algum momento, o motorista tentou parar o carro para evitar o atropelamento, mas não encontraram nenhum indício neste sentido.
"Não foi encontrada nenhuma marca de frenagem, no vídeo não foi observada nenhuma evidência que o veículo, ao ter visto as vítimas, tentou reduzir a velocidade", pontuou Bucharles.
A perícia foi juntada ao inquérito, que apontou ainda que o motorista dirigia alcoolizado, não prestou socorro e fez reparos no carro antes de entregar o veículo à polícia.
Rodrigo Batistoni, de 19 anos, foi indiciado por homicídio qualificado, sem chance de defesa para vítima. A pena prevista para o crime, em caso de condenação, por chegar a 30 anos de cadeia. A Justiça negou o pedido de liberdade provisória e o motorista continua preso em Arapongas.
Após a conclusão, o inquérito é encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que avalia se oferece ou não denúncia à Justiça.
O advogado de Rodrigo Batistoni não quis se manifestar sobre a conclusão do inquérito policial e sobre o laudo da perícia.