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Apucarana, 24 de Abril de 2024

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24/06/2019 01h54

Polícia pede prorrogação de prisão dos pais de menina morta após estupro de ArapongasDelegada Thaís Orlandini Pereira diz que quer confirmar se garota de um ano e dois meses sofria abuso sexual

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A delegada substituta Thaís Orlandini Pereira, que assumiu a investigação da morte damenina Sophia, de pouco mais de um ano, em Arapongas, acredita que o pai, suspeito de provocar a morte após estuprar a menina, tenha praticado atos libidinosos com a garota reiteradas vezes. Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (24), ela afirma que a apuração vai demandar laudos periciais que demorarão pelo menos 30 dias para ficar prontos – e, por isso, pediu a prorrogação da prisão do pai, da mãe e da avó da criança, que moravam na mesma casa.

 

A apuração da Polícia Civil constatou que, na terça-feira passada (18), Sophia deu entrada na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Arapongas já sem vida. “Dentro das nossa investigações, nós temos uma criança que foi brutalmente estuprada e com indicativos de que o pai cometeu tal barbaridade, sendo que a mãe e a avó foram coniventes com isso”, explica a delegada. O primeiro laudo pericial indicou que o ânus da criança estava dilacerado e a genitália tinha, também, indícios de violação.
 

Thaís também diz que “há indicativos” de que o estupro levou a criança à morte. “E há indicativos de que essa prática não foi um fato isolado, não não ocorreu especificamente na terça-feira. Estamos apurando que isso já vinha ocorrendo diariamente com essa criança”, afirma. De acordo com ela, há indicativos de dois crimes neste caso: estupro e homicídio qualificado pela incapacidade de defesa da criança.

 

Mãe e avó devem ser indiciadas pelos mesmos crimes devido a suposta omissão. “Era a mãe que trocava as fraldas da criança e o ânus estava dilacerado. Qualquer leigo, ao ver a situação, já sabe [que há algo errado]. É claro que o só o perito confirma, mas a situação era tão extrema que qualquer pessoa consegue identificar”, explica a delegada.

 

Versão dos pais

 

Thaís Orlandini afirma que a versão dos pais e da avó dada à polícia são semelhantes e parecem combinadas. Eles teriam dito que a criança tomou banho por volta das 19h e foi alimentada com mamadeira e a menina acabou engasgando com o leite. O pai também nega estupro, dizendo que nunca havia tocado ou sequer trocado as fraldas de nenhuma das filhas, mas, de acordo com a delegada, ele entra em contradição. “Ao mesmo tempo que ele diz que sempre foi a mãe, quando mostramos foto da criança, ele diz que já passou pomada. Como passa pomada e não troca as fraldas?”, questiona.

 

Além disso, a perícia indica que, ao dar entrada na UPA, a bebê estava morta há pelo menos duas horas, contradizendo a versão do banho e alimentação às 19h. A avó també, seria conivente, segundo a delegada, porque “a casa é pequena e não teria como dizer que não sabia [o que acontecia]”.

 

O trio, que estava preso originalmente em Arapongas, foi transferido por motivos de segurança. O local de destino não foi revelado.

 

Mais apurações

 

A Polícia Civil também determinou a abertura de inquérito para apurar se outras filhas do casal sofreram abuso sexual. A suspeita é que uma menina de quatro anos também seria vítima, mas não na mesma intensidade. Outra criança do casal também morreu antes de ser levada para atendimento médico, mas na cidade de Apucarana. O inquérito da morte da criança será reaberto.

 

Fonte: AN Notícias com Folha de Londrina