17/03/2019 11h24
Suspeito de atropelar mulher em Arapongas bebeu antes do acidente, diz Polícia CivilPerícia realizada na Saveiro envolvida no acidente indica possível tentativa de apagar vestígios do crime
A Polícia Civil obteve imagens de Rodrigo Santos Batistoni consumindo bebida alcoólica três horas antes do atropelamento que vitimou Vanessa do Prado Alves Machado na madrugada de 3 de março, sábado de carnaval, em Arapongas (Região Metropolitana de Londrina). A perícia realizada na Saveiro envolvida no acidente também indica possível tentativa de apagar vestígios do crime.
As conclusões foram apresentadas nesta sexta-feira (15) pelo delegado adjunto da 22ª Subdivisão da Polícia Civil de Arapongas, Ricardo Jorge Pereira. Batistoni, que dirigia o veículo, foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar). Ele não parou para socorrer a vítima.
"O dolo eventual é caracterizado pelo fato dele ter consumido bebida alcoólica, dirigido o veículo na contramão e avançado na vítima", explicou Pereira. Vanessa morreu três dias após o acidente. Batistoni está preso preventivamente desde o dia 8 de março.
Segundo o inquérito, a Saveiro conduzida por Batistoni invadiu mais da metade da faixa de estacionamento da rua Francelho, por volta das 1h30 do dia 3 de março, quando atingiu Vanessa, que havia acabado de sair da igreja com o namorado. O veículo trafegava na contramão e, segundo a Polícia Civil, "aparentemente em velocidade incompatível", o que será levantado por perícia no local e por imagens registradas por câmera de segurança. O delegado reforçou que a rua é bem sinalizada.
Durante a investigação, a Polícia Civil obteve imagens de Batistoni, no supermercado em que trabalhava, adquirindo caixas de cerveja e garrafas de vinho, por volta das 22h30 de 2 de março, véspera do atropelamento. Ele segurava uma lata de cerveja aberta. Ainda de acordo com as investigações, ele e os amigos consumiram as bebidas até próximo de 1 hora do dia 3, na praça Mauá. O fato foi confirmado em depoimento pelos amigos de Batistoni.
O veículo foi apresentado à Polícia Civil no dia 8 de março, dia da prisão de Batistoni, com o para-brisa quebrado. No entanto, o exame pericial constatou reparos recentes na tampa do motor e no lado esquerdo do veículo. Para os investigadores, isso indica tentativa de "apagar os vestígios do crime praticado e se eximir da responsabilidade penal". "Ele pintou novamente o veículo e fez polimento no lado esquerdo danificado no acidente", destacou o delegado.
Os investigadores também levantaram que o autor estaria acompanhado de sua namorada, uma adolescente de 15 anos, no momento do atropelamento. "Tanto a namorada quanto o rapaz mentiram muito no interrogatório. Negaram que ingeriram bebida alcoólica, que ficaram na praça bebendo, que compraram bebidas no mercado. Eles negaram tudo, mas conseguimos provar o contrário", garantiu Pereira.
O rapaz não possuía passagens pela polícia. O advogado de defesa de Batistoni, Fernando Ivorlei Moreira, disse, no último sábado (9), que tentaria reverter a prisão preventiva na Justiça. A reportagem tentou contato com o advogado, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. Já o Ministério Público solicitou a manutenção da prisão preventiva "para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal".
O namorado da vítima, Daniel Machado, se emocionou ao saber sobre as conclusões da investigação. No momento do acidente, ele caminhava ao lado da vítima. "A gente tenta fazer as coisas todas certinhas. A gente vê tantos casos envolvendo bebida alcoólica... O Brasil deveria mudar essas leis, criar regras mais rígidas para quem mistura álcool e direção. Espero que esse caso sirva de exemplo", afirmou.
"Era impossível uma pessoa em sã consciência fazer o que ele fez. Isso não nos traz a Vanessa de volta, mas a gente espera que o Ministério Público e a Justiça possam fazer com que ele pague pelo crime que cometeu. Entendo que a família dele deve estar muito abalada com isso. Estamos rezando pela mãe dele. Entendemos a dor dessa família. Ele está perdoado. Ele tem o nosso perdão, mas queremos Justiça", completou Machado.
As conclusões foram apresentadas nesta sexta-feira (15) pelo delegado adjunto da 22ª Subdivisão da Polícia Civil de Arapongas, Ricardo Jorge Pereira. Batistoni, que dirigia o veículo, foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar). Ele não parou para socorrer a vítima.
"O dolo eventual é caracterizado pelo fato dele ter consumido bebida alcoólica, dirigido o veículo na contramão e avançado na vítima", explicou Pereira. Vanessa morreu três dias após o acidente. Batistoni está preso preventivamente desde o dia 8 de março.
Segundo o inquérito, a Saveiro conduzida por Batistoni invadiu mais da metade da faixa de estacionamento da rua Francelho, por volta das 1h30 do dia 3 de março, quando atingiu Vanessa, que havia acabado de sair da igreja com o namorado. O veículo trafegava na contramão e, segundo a Polícia Civil, "aparentemente em velocidade incompatível", o que será levantado por perícia no local e por imagens registradas por câmera de segurança. O delegado reforçou que a rua é bem sinalizada.
Durante a investigação, a Polícia Civil obteve imagens de Batistoni, no supermercado em que trabalhava, adquirindo caixas de cerveja e garrafas de vinho, por volta das 22h30 de 2 de março, véspera do atropelamento. Ele segurava uma lata de cerveja aberta. Ainda de acordo com as investigações, ele e os amigos consumiram as bebidas até próximo de 1 hora do dia 3, na praça Mauá. O fato foi confirmado em depoimento pelos amigos de Batistoni.
O veículo foi apresentado à Polícia Civil no dia 8 de março, dia da prisão de Batistoni, com o para-brisa quebrado. No entanto, o exame pericial constatou reparos recentes na tampa do motor e no lado esquerdo do veículo. Para os investigadores, isso indica tentativa de "apagar os vestígios do crime praticado e se eximir da responsabilidade penal". "Ele pintou novamente o veículo e fez polimento no lado esquerdo danificado no acidente", destacou o delegado.
Os investigadores também levantaram que o autor estaria acompanhado de sua namorada, uma adolescente de 15 anos, no momento do atropelamento. "Tanto a namorada quanto o rapaz mentiram muito no interrogatório. Negaram que ingeriram bebida alcoólica, que ficaram na praça bebendo, que compraram bebidas no mercado. Eles negaram tudo, mas conseguimos provar o contrário", garantiu Pereira.
O rapaz não possuía passagens pela polícia. O advogado de defesa de Batistoni, Fernando Ivorlei Moreira, disse, no último sábado (9), que tentaria reverter a prisão preventiva na Justiça. A reportagem tentou contato com o advogado, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. Já o Ministério Público solicitou a manutenção da prisão preventiva "para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal".
O namorado da vítima, Daniel Machado, se emocionou ao saber sobre as conclusões da investigação. No momento do acidente, ele caminhava ao lado da vítima. "A gente tenta fazer as coisas todas certinhas. A gente vê tantos casos envolvendo bebida alcoólica... O Brasil deveria mudar essas leis, criar regras mais rígidas para quem mistura álcool e direção. Espero que esse caso sirva de exemplo", afirmou.
"Era impossível uma pessoa em sã consciência fazer o que ele fez. Isso não nos traz a Vanessa de volta, mas a gente espera que o Ministério Público e a Justiça possam fazer com que ele pague pelo crime que cometeu. Entendo que a família dele deve estar muito abalada com isso. Estamos rezando pela mãe dele. Entendemos a dor dessa família. Ele está perdoado. Ele tem o nosso perdão, mas queremos Justiça", completou Machado.
Fonte: AN Notícias com Folha de Londrina