Um ano após o crime, PM acusada de matar namorado será excluída da corporaçãoDesde janeiro deste ano, Maria Eugênia Pasquini está afastada das ações operacionais da PM
Segundo a Corregedoria, a decisão do comandante geral da PM do Paraná, Cesar Vinicius Kogut, ainda cabe recurso, mas o prazo se encerra no final deste mês. Assim, Maria Eugênia deve ser excluída definitivamente do quadro da corporação no início de janeiro.
A policial chegou a ser presa em flagrante, mas liberada em seguida por conta de um habeas corpus. Em declaração à polícia, ela alegou legítima defesa. Desde janeiro, ela está afastada das ações operacionais da PM e cumpre expediente no setor administrativo do 5º Batalhão de Polícia Militar em Londrina.
Segundo o corregedor adjunto da PM do Paraná, major Adilson Luiz Prüsse, o processo administrativo concluiu que Maria Eugênia não tem condições de permanecer na corporação. “O crime, pelo qual ela será julgada na Justiça comum, mostra uma conduta que confronta com a ética que deve ser seguida por um policial militar.”
O advogado de Maria Eugênia Pasquini, João dos Santos Gomes Filho, foi procurado pela reportagem para comentar o resultado do processo administrativo, mas preferiu não se manifestar.
Relembre o caso
A policial militar Maria Eugênia Pasquini, de 28 anos, matou a tiros o namorado em dezembro de 2012. O crime ocorreu dentro do apartamento do casal, que fica no quarto andar de um prédio na Rua Ucrânia, zona sul de Londrina.
Rodrigo Lino Ximenes, 21 anos, era aluno da Escola de Formação de Soldados da Polícia Militar. Os disparos foram efetuados com a arma de trabalho da PM, uma pistola de calibre 40. Em depoimento à PM na época do crime, a policial disse que agiu em legítima defesa e que teria sido ameaçada com uma faca.