MPF no Ceará pede anulação da prova de redação do EnemA imagem com o título “Prova Falsa” foi publicada em outubro do ano passado no Facebook do Ministério da Educação

O MPF/CE alega que a operação realizada pela Polícia Federal (PF) no Ceará, que prendeu um candidato em local de realização do Enem com rascunho da redação dentro do bolso e com ponto eletrônico, comprovaria o vazamento de informações relativas à redação.
Na última quarta-feira, o procurador já havia entrado com uma ação pedindo a suspensão da aplicação Enem devido à decisão do MEC de adiar o exame nas escolas ocupadas por estudantes.
O procurador responsável pela ação sustenta ainda que o tema "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil" também apareceu em publicação do MEC divulgada no ano passado para desmentir uma prova falsa às vésperas do Enem daquele ano.
Mais cedo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nota classificando de "tentativa de tumultuar" o Enem a repercussão em torno da semelhança entre o tema da redação deste ano com o de uma imagem de suposta prova do Enem que teria vazado em 2015.
Na ação contra o Inep, Costa Filho pede a concessão de liminar para suspender os efeitos da validade jurídica da prova de redação até o julgamento do mérito, que será julgada pelo juiz titular Ricardo Cunha Porto, da 8ª Vara Cível da Justiça Federal no Ceará.
A medida, de acordo com o procurador, evitaria transtornos aos estudantes com divulgação de um resultado que posteriormente poderia ser alterado com o julgamento da ação.