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13/09/2014 07h44

Empresários araponguenses estão em esquema de grilagem de terrasos supostos envolvidos no esquema de grilagem de terras no Pará

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Dois empresários de Arapongas estão entre os supostos envolvidos no esquema de grilagem de terras no Pará, e integram o grupo responsável pelo maior desmatamento da floresta Amazônica em toda história.

Segundo o Ministério Público Federal, o grupo chegou a invadir áreas públicas protegidas, como a Floresta Nacional Jiamanxim. Perícias apontam que dano ambiental no município ultrapassa R$ 500 milhões.

Na operação estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, 11 de prisões preventivas, três prisões temporárias e quatro conduções coercitivas, sendo dois de araponguenses.

De acordo com informações de fontes fidedignas, outros araponguenses serão bastante prejudicados, visto que por intermédio desses supostos envolvidos, adquiriram alguns desses terrenos ilegais vendidos no Pará.

Desmatamento recorde
Segundo o procurador da república, Daniel Azeredo, "a sofisticação da quadrilha a torna a maior dos últimos anos especializada em desmatamento da Amazônia. É um crime ambiental que envolveu lavagem de muito dinheiro, corrupção e falsificação de documentos. Acredito que este é o primeiro caso de crime ambiental em que a investigação focou também no aspecto financeiro dos envolvidos".

O diretor do setor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano de Meneses Evaristo, também atribui à quadrilha o título. "Foi o grupo que mais desmatou a Amazônia em todos os tempos".

Esquema criminoso
Segundo o MPF, a quadrilha invadia áreas públicas protegidas, como a Floresta Nacional Jiamanxim, faziam queimadas para a formação de pastos. Posteriormente, a área era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas. Perícias apontam que dano ambiental no município ultrapassa R$ 500 milhões.

O delegado da Polícia Federal no Pará, Raimundo Benassuly, detalha como os crimes ocorriam. "Essa investigação começou há um ano, em parceria com o Ibama, que está em Novo Progresso desde 2008. Fizemos uma interceptação telefônica que revelou como o bando agia. Um crime organizado com alta lucratividade. Foram identificadas 11 áreas desmatadas, que eram revestidas para especulação imobiliária, ou seja grilagem de terra. Eles queimavam a área, plantavam capim, e preparavam para a plantação de soja. Daí vendiam para empresários, sobretudo, do sul e do sudeste do país.

Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, furto, sonegação fiscal, crimes ambientais, falsificação de documentos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. As penas dos acusados podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

 

Fonte: G1